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Tuba

A tuba é um instrumento musical de sopro da família dos metais. Consiste num tubo cilíndrico recurvado sobre si mesmo e que termina numa campânula em forma de sino. Dotado de bocal e de três a cinco pistões, possui todos os graus cromáticos.

Existem tubas de vários tamanhos: tenor (também chamado de eufônio), baixo e contrabaixo. Desde o seu aparecimento, na primeira metade do séc. XIX, logo foi incorporado nas orquestras sinfônicas.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/49/Two_F_tubas.jpg

Alguns elementos históricos


A tuba é originária do “oficleide”, uma trompa de chaves grave, utilizada por volta de 1800 (século XIX), ainda antes da invenção do sistema de pistões. Este instrumento começou a ganhar popularidade nas pequenas bandas de metais da Grã-Bretanha, onde um antecessor do atual Sousafone, chamado Helicon, era usado devido à sua portabilidade (mais fácil de transportar).

Mais tarde, Richard Wagner utilizaria uma variante deste instrumento (basicamente uma tuba baixo mas com um bocal de trompa), razão pela qual surgiu a chamada Tuba Wagneriana. Em 1860, John Philip Sousa patenteou um novo tipo de tuba baseado no Helicon, dando origem ao atualmente chamado Sousafone.

Por esta altura, os alemães Johann Moritz e Wilhelm Wieprecht construiram o modelo de tuba que seria o percursor do modelo mais utilizado hoje em dia. Desde esta altura, o design e conceito geral da Tuba permaneceram inalteráveis, mas diversas variantes foram sendo introduzidas, incluindo instrumentos com 4, 5 e 6 pistões, pistões com válvulas rotativas, Sousafones em fibra de vidro (para serem usados em desfiles).

Atualmente, as tubas podem ser encontradas nas mais diferentes formas e combinações. Assim, encontramos Tubas em diferentes afinações (Sib, Do, Mib, e Fá), com campânulas desde 36 a 77 centímetros de diâmetro, voltadas para cima ou para a frente, lacadas ou cromadas, com pistões normais ou com válvulas rotativas (ou ambos), com 2 até 6 pistões etc. e a variedade é ainda maior se adicionarmos as várias cambiantes dos Sousafones (como por exemplo o raríssimo Sousafone com 2 campânulas).

Nas bandas filarmônicas, cabe às Tubas o fundamental papel de suporte harmônico, uma vez que compõe o naipe de instrumentos que atua no registo grave.

Tipos de Tuba


As Tubas, independente de seus tipos, podem possuir pistos ou rotores (válvulas), que abrem e/ou fecham tubos metálicos e forma a alterar a cirulação do ar advindo do sopro e consequentemente alterar a sonoridade. As válvulas são encontradas com mais frequencia em Tubas grandes e profissionais e facilitam a troca rápida de notas em músicas que exigem agilidade. Os Tubas menores normalmente são utilizados por aprendizes ou em orquestras que não exijam muita agilidade.

A maioria das Tubas podem possuir 3 ou 4 pistos ou rotores. O 4o. pisto é utilizado para facilitar ao músico adicionar uma oitava mais grave em seu repertório.

Os tipos de Tubas mais conhecidos são:

Tuba de marcha

Nome dado a tubas com a tubagem horizontal, parecida com a tubagem de um trompete. É colocada sobre o ombro esquerdo do executante, e foi concebida para facilitar o transporte em marchas. Nos Estados Unidos é muito usada em Drum e Bugle Corps e é conhecida como contrabass bugle ou "contra".

Helicon

Nome dado a Tubas com forma circular, envolvendo o corpo do executante, e com a campânula dirigida para a frente. Era muito usado nas bandas brasileiras do começo do século XX, pois os sousafones ainda não haviam chegado ao Brasil.


Sousafone

O Sousafone é um instrumento também da família das Tubas de tamanho grande. O seu formato evoluiu a partir do Helicon circular, mas a tubagem termina em “S” e a campânula (também dirigida para a frente) é maior.

A Tuba NÃO é um instrumento transpositor. Essa tradição parte do principio que todo material escrito para instrumentos graves antes da invenção da tuba(serpent, oficleide)eram escritos em dó. A existência de instrumentos de tais afinações (Dó, Sib, Fá e Mib) apenas é diferenciada pela extensão, ou seja, o limites de alcance de suas notas e sua tessitura (também diferenciada).


Ficheiro:Horn player in Washington Square by David Shankbone.jpg

Fagote

O fagote é um instrumento musical da família dos sopros. A palavra fagote deriva do italiano fagotto. É constituído por um longo tubo cônico de madeira de cerca de 2,5 metros, dobrado sobre si mesmo. A palheta dupla é fixada em um tudel de cobre, ou bocal.

Aparecendo com sua forma moderna no século XVIII, o fagote figura proeminentemente em orquestras e grupos de música de câmara. Devido ao complicado dedilhado e às palhetas duplas, o fagote é um instrumento particularmente difícil de aprender, e os estudantes normalmente o escolhem após dominarem um outro instrumento de sopro, como a flauta ou o clarinete.

O fagote é o mais grave instrumento de madeira da família dos sopros. Ele se ramifica ainda em outros dois instrumentos: o fagotino e o contrafagote. O fagotino é um fagote menor e mais agudo, que atualmente está em desuso. O contrafagote é maior que o fagote, pesando cerca de 10 kg, e soa uma oitava abaixo deste.

História

O fagote de 1550 a 1700

O fagote por volta de 1600

A origem do fagote é bastante remota. Os instrumentos de palhetas duplas já eram utilizados na antigüidade, sobretudo no Egito, no Oriente Médio e na Ásia. No entanto, é na Idade Média que se encontra o precursor do fagote moderno, o dulcian. As origens do dulcian são obscuras, mas no século XVI ele estava disponível em pelo menos oito tamanhos diferentes, e ele continuou sendo usado até o século XVIII, por Bach e outros. Apesar das semelhanças entre o fagote e seu ancestral, como a forma do cone de madeira, o timbre grave, e o uso de furos e chaves, evidências indicam que o fagote barroco foi uma invenção completamente nova, com uma semelhança apenas superficial ao dulcian.

Até 1650, um grande número de instrumentos diferentes coexistiam, sem que, no entanto, possuíssem nomes precisos ou pertencessem a categorias definidas. Alguns estudiosos afirmam que o principal responsável pelo desenvolvimento do fagote foi Martin Hotteterre (?-1712), que pode ter sido também o inventor da flauta transversal de três peças, e do oboé barroco. Por volta de 1650, Hotteterre teria concebido o fagote em quatro seções, além de ter estendido sua extensão até Bb, com a adição de duas chaves (Lange e Thomson, 1979). Uma teoria alternativa indica que Hotteterre foi apenas um dos vários artesãos responsáveis pela criação do instrumento.

O fagote de 1700 a 1785

Aproximadamente em 1700 o fagote passou por mais uma transformação, tendo uma quarta chave (G#) acrescentada, e foi este instrumento que cativou compositores como J. S. Bach, Haendel e Telemann, e mais tarde também Mozart e Weber. Uma quinta chave, para o grave Eb, foi acrescentada durante a primeira metade do século 18. Alguns dos fabricantes dos fagotes barrocos de 4 e 5 chaves foram J.H. Eichentopf (1678-1769), J. Poerschmann (1680-1757), Thomas Stanesby Jr. (1668-1734), G.H. Scherer (1703-1778) e Prudent Thieriot (1732-1786).

Neste período, numerosas sonatas e concertos são escritos. Vivaldi, por exemplo, dedica ao instrumento cerca de quarenta peças. O claveamento ainda não havia sido inventado, mas começava-se a refletir sobre sua evolução e a se impor um posicionamento das mãos.

O fagote a partir de 1785

O fagote por volta de 1870

O século XIX é, certamente, a grande época da fabricação dos instrumentos de sopro. Numerosos fabricantes procedem a modificações no instrumento. No entanto, a evolução do fagote é freada pelos próprios músicos, por ser o fagote um instrumento de complicado manuseio e difícil aprendizado. As mudanças de dedilhado demandam dos músicos um grande esforço de adaptação. Nessa época começa a diferenciação entre os dois sistemas existentes atualmente: o Heckel e o Buffet.

O fagote hoje

Hoje, existem dois tipos de fagotes: o fagote do sistema francês e o do sistema alemão. As principais diferenças entre os instrumentos dos dois sistemas residem na madeira utilizada em sua confecção, a furação e o chaveamento, e conseqüentemente, os diferentes dedilhados etc. São duas as principais fabricantes do fagote francês Buffet-Crampon e Selmer. Heckel, Püchner, Moosmann, Schreiber, Adler, Mönnig, Sonora, Hüller, Amati, Fox e Yamaha estão entre os maiores fabricantes de fagotes do sistema alemão.

Fagote moderno sistema alemão

O sistema alemão encontrou mercado em todo o mundo, até mesmo na França e em certos países latinos onde o fagote francês já estava fortemente consolidado. Também, com a internacionalização da música e da busca de um som orquestral uniforme, certos maestros preferem o fagote alemão, porque seu timbre é mais redondo e se funde melhor à massa orquestral. Hoje, os dois instrumentos coexistem, embora poucos músicos iniciem seus estudos no sistema francês. A França é um dos raros países a propor a especialização nos dois instrumentos.

O sistema alemão (Heckel)

O design do fagote moderno deve-se ao professor e compositor Carl Almenräder, que, assistido por Gottfried Weber, desenvolveu o fagote de 17 chaves, cuja extensão atinge quatro oitavas. Almenräder publicou em 1823 um primeiro tratado, onde descreve maneiras de melhorar a entonação, a resposta e a facilidade técnica através do aumento e da mudança das chaves. Em 1831 Almenräder fundou sua própria fábrica de instrumentos, junto com Johann Adam Heckel.

Heckel e duas gerações de descendentes continuaram a refinar o fagote, e foi o seu instrumento que se tornou o modelo a que os demais fabricantes deveriam seguir. O próprio Johann A. Heckel chegou a fabricar mais de 4000 instrumentos. O sistema alemão chegou ao século XX dominando o mercado de fabricação de fagotes. Exceto por uma rápida conversão a uma fábrica de armamentos durante o período da guerra, na década de 40, a Heckel continua produzindo seus instrumentos até hoje.

O sistema francês (Buffet)

O fagote do sistema francês, estabelecido pouco antes do sistema alemão, se transformou de forma mais conservadora. Enquanto o desenvolvimento do fagote Heckel pode se caracterizar como um recondicionamento completo do instrumento sob uma perspectiva acústica e do sistema de chaves, o sistema Buffet se centrou, sobretudo, em melhorias no sistema de chaves. Essa abordagem menos radical priva o sistema francês da consistência melhorada, e logo, da comodidade de uso. Entretanto, apesar de o sistema alemão apresentar em seu timbre mais energia que o Buffet, este último é considerado por muitos como tendo uma qualidade mais vocal e mais expressiva. A esse respeito, o maestro Juan Foulds comentou em 1934 que lamentava o domínio do fagote Heckel, que em sua opinião tinha sons demasiado homogêneos e semelhantes ao som do corne.

Comparados ao sistema Heckel, os fagotes do sistema Buffet têm um mecanismo de certa forma simplificado, requerendo dedilhados diferentes para muitas notas. Os instrumentos Buffet também atingem com mais facilidade os registros mais altos, demandando menos pressão do ar. Ainda que o sistema francês tenha sido extensamente difundido na Inglaterra, seus instrumentos só eram fabricados em Paris, e por volta dos anos 80 os músicos ingleses começaram a abandonar o sistema. Os instrumentos são fabricados hoje por apenas duas empresas: a Buffet-Crampon e a Selmer.

Uso em conjunto

Nas orquestras modernas é comum haver de dois a quatro fagotes, para que haja um contrafagote quando necessário, e um outro seja solista. Seu timbre o torna adequado para peças líricas ou cômicas. O fagote combina muito bem com os outros instrumentos de palheta dupla, e costuma acompanhar solos de oboé ou corne inglês. Geralmente executa pequenos solos, ou forma duetos com outros instrumentos de sopro. Na música de câmara normalmente se usa o fagote como baixo para quase qualquer combinação de sopros de madeira. Hoje, inclusive, vêm conquistado espaço os quartetos de fagote.

Primeiras formações

O fagote foi usado inicialmente nas orquestras para reforçar a linha de baixo, e agir como o baixo da família dos instrumentos de palheta dupla. O compositor barroco Jean-Baptiste Lully incluiu em seu Les Petits Violons oboés e fagotes, junto às cordas, em um conjunto de dezesseis peças (e, mais tarde, 21 peças), transformando-o em uma das primeiras orquestras a tocar com os recém-inventados instrumentos de palheta dupla. O compositor Antonio Cesti incluiu um fagote na sua ópera de 1668, Pomo d'oro. No entanto, o uso do fagote nos concertos de orquestra foi muito esporádico até o final do século 17. O uso crescente do fagote como instrumento basso continuo (baixo contínuo) significou sua inclusão nos corpos orquestrais, primeiramente na França, e mais tarde na Itália, Alemanha e Inglaterra. Enquanto isso, compositores como Boismortier, Corrette, Galliard, Zelenka, Fasch e Telemann escreveram para o instrumento músicas de conjunto e solos. Antonio Vivaldi tornou o fagote bastante proeminente ao compor 37 concertos para o instrumento.

Na metade do século, a função do fagote na orquestra ainda era limitada a um instrumento contínuo — uma vez que as partituras do período não mencionavam especificamente o fagote, seu uso estava associado especialmente às partes dos oboés e outros instrumentos de sopro. No começo da era rococó, compositores como Haydn, J.C. Bach, Sammartini e Johann Stamitz passaram a incluir em suas partituras trechos que exploravam o timbre especial do fagote, mais que sua habilidade para dobrar a linha de baixo. No entanto, trabalhos orquestrais com partes inteiramente dedicadas ao fagote só se popularizaram com a chegada do período clássico.

A sinfonia "Jupiter" de Mozart é um bom exemplo, com seus famosos solos de fagote no primeiro movimento. Outro importante uso do fagote durante a era Clássica foi no Harmonie, um conjunto de câmara formado por pares de oboés, trompas e fagotes; mais tarde, dois clarinetes foram acrescentados, formando um octeto. O Harmonie era um conjunto mantido por nobres alemães e austríacos para realização de concertos particulares, além de ser uma alternativa mais barata às grandes orquestras. Haydn, Mozart, Beethoven e Krommer escreveram consideráveis quantidades de peças para o Harmonie.

Formações modernas

As orquestras sinfônicas modernas possuem, tipicamente, dois fagotes, com um terceiro fazendo o contrafagote. Alguns trabalhos exigem quatro ou mais fagotistas. O primeiro músico é geralmente o solista nas passagens para o fagote. Seu timbre peculiar o torna usável tanto em solos líricos, dramáticos, como no Bolero de Ravel, e também em trechos cômicos, como no tema do avô em Pedro e o lobo, de Sergei Prokofiev. Sua agilidade permite que toque passagens como a famosa linha corrida (dobrada pelas violas e cellos) na abertura de As Bodas de Figaro, de Wolfgang Amadeus Mozart.

La Fiesta Mexicana, de H. Owen Reed, dá grande destaque ao instrumento, assim como a transcrição de Four Scottish Dances de Malcolm Arnold, que se tornou um marco no repertório dos conjuntos de concerto. O fagote também faz parte do quinteto de sopros, junto à flauta, ao oboé, ao clarinete e à trompa. Ele também pode ser combinado de diferentes maneiras aos demais instrumentos de sopro. Richard Strauss, em seu "Duet-Concertino", torna-o personagem principal, ao lado do clarinete, enquanto a orquestra de cordas acompanha a dupla.

O quarteto de fagotes têm conquistado mais visibilidade nos últimos tempos, com o Neo Bubonic Bassoon Quartet sendo um dos mais notáveis grupos do gênero. O "Último tango em Beirute" de Peter Schickele (baseado no tema de Tristan und Isolde) é um trabalho bastante popular; O alter ego ficcional de Schickele, "P. D. Q. Bach", explora as faces mais humorísticas no instrumento com seu quarteto "Lip My Reeds", que em certo momento convoca todos os seus músicos a tocarem apenas com as palhetas.

O fagote é pouco usado como um instrumento do jazz e raramente visto em um conjunto de jazz. Suas primeiras aparições foram na década de 1920, com trabalhos específicos para o grupo de Paul Whiteman e algumas outras participações improvisadas. As décadas seguintes viram o instrumento ser usado apenas esporadicamente. No entanto, a década de 60 viu artistas como Yusef Lateef e Chick Corea incorporarem o fagote à suas gravações; para a instrumentação diferente e eclética de Lateef, o fagote foi uma espécie de adição natural, enquanto Corea empregou o fagote em combinação com o flautista Hubert Laws.

O fagote executa um papel importante nos anos 1970, com o hit número um da Motown Records, The Tears of a Clown, executado por Smokey Robinson e The Miracles, com instrumentação dos Funk Brothers. Mais recentemente, Illinois Jacquet e Frank Tiberi dobraram o fagote em adição à sua já usual performance no saxofone.Alexandre Silverio, Michael Rabinowitz,Paul Hanson, Karen Borca, Javier Abad, e James Lassen são dos poucos músicos de jazz a tocar apenas o fagote.

Em relação ao rock, Lindsay Cooper utilizou o fagote na banda Henry Cow, e Brian Gulland tocou fagote na banda de rock progressivo com influências medievais Gryphon. Ambos os grupos atuaram no cenário da década de 70.

L'orchestre de l'opéra, quadro de Edgar Degas, 1870
Nos anos 1990, Aimee DeFoe tocou fagote na banda indie Blogurt, de Pittsburgh, Pennsylvania

Artes plásticas e Literatura

Grande parte da história antiga do fagote é conhecida por suas representações na pintura; as únicas referências às antigas palhetas de fagote, por exemplo, são as pinturas da Espanha em fins do século 16.

Há também um quadro de Edgar Degas, datado de 1870, chamado "L'orchestre de l'opéra" ("A Orquestra da Opéra"), que apresenta um fagotista diante de vários membros de uma orquestra.

Construção e características

Construção do fagote

O fagote é composto de seis partes principais, incluindo a palheta. A campana (6), se estendendo até o topo; O corpo central (baixo) (5), conectando a campana e a seção final; a seção final (4), na parte de baixo do instrumento, que se dobra sobre si mesma; a asa (tenor) do instrumento, (3), que se estende da seção final até o bocal; e o bocal (ou tudel) (2), um fino tubo de metal que liga o corpo do instrumento à palheta (1), que é levada à boca. (Sound? Escute o som da palheta).

O fagote moderno é geralmente feito em bordo, com espécies semi-rígidas como a Sicamora (Acer Pseudoplantanus, Bergahorn em alemão) e a Acer Saccharum (da América do Norte) sendo as madeiras preferidas. Modelos profissionais são freqüentemente confeccionados em Bergahorn. A mais procurada variedade de Bergahorn para a fabricação de fagotes é a chamada . Modelos menos caros feitos de materiais como polipropileno e ebonite, voltados para o uso estudantil ou ao ar livre. O metal também foi utilizado na confecção de fagotes no passado, mas desde 1889 nenhum fabricante utiliza esse material em sua produção.

O corpo do instrumento é cônico, assim como o do oboé e o do saxofone, e os tubos paralelos são conectados na parte de baixo do instrumento por meio de um conector de metal em forma de u, chamado U-tube. Tanto o corpo quanto os furos são feitos mecânicamente, para que se obtenha mais precisão, e cada instrumento é acabado à mão. Como o posicionamento normal dos furos de tom no fagote exigiria uma abertura dos dedos muito maior que a de um adulto médio, foi desenvolvido um método através do qual os furos de saída de ar são perfurados em um ângulo oblíquo ao eixo central do tubo, tornando seu espaçamento exterior manipulável. Uma vez que as paredes da asa e as juntas da seção final são consideravelmente mais finas que as dos outros instrumentos de sopro, o som deve viajar uma boa distância antes de alcançar a parte externa, e é essa característica que contribui, em grande parte, para o som peculiar do fagote.

A junção da asa com a seção final dos instrumentos de madeira também é revestida com uma dura borracha, para impedir danos causados pela umidade, e seu corpo pode ser tingido ou envernizado. O topo da campana é finalizado com um anel de metal, no estilo francês, ou um anel de plástico ou marfim, no sistema alemão. Os bocais estão disponíveis em diferentes comprimentos: o músico escolhe seu bocal de acordo com a altura das notas que pretende tocar.

Dobrado sobre si mesmo, o fagote tem geralmente 1,34 m, embora seu comprimento total seja de 2,54 m. O manuseio do instrumento é facilitado ao se dobrar o tubo, e diminuindo a distância entre os espaçados furos através de um complexo sistema de chaves, que se estende por quase todo o comprimento do instrumento. Existem também fagotes ainda menores, feitos especialmente para as crianças.

Os fagotistas devem aprender três claves diferentes: primeiramente a Clave de Fá (baixo), mas também a Clave de Sol e a Tenor (Dó na quarta linha). O registro do fagote se inicia em B 1 e se estende por três oitavas. Notas mais altas são possíveis, embora muito difíceis de produzir e raramente solicitadas; as partes orquestrais raramente vão além de C ou D - até o difícil solo de abertura de A Sagração da Primavera, de Ígor Stravinski, ascende apenas até o D. A nota grave A no fundo da escala apareceu pela primeira vez em Tristão e Isolda de Wagner, e somente é possível com uma extensão especial acoplada ao instrumento. Esta extensão pode ter a forma de uma campana mais comprida, ou de um tubo de papel, acoplado à campana de Bb do fagote. A nota A baixa, tão freqüentemente usada por Wagner em suas óperas, incentivou Heckel a construir instrumentos capazes de atingir essa nota, e a campana de A ainda existe como uma opção. Enquanto essa campana extra preserva as possibilidades cromáticas, alternativas mais simples tornam o B baixo impossível de ser tocado e afetam a entonação de todas as notas baixas. A última corda do Quinteto de Cordas de Carl Nielsen, de 1922, inclui um A baixo opcional, e Gustav Mahler usa esta bela nota ocasionalmente em suas sinfonias.



Didjeridu

O didjeridu (ou didgeridoo) é um instrumento de sopro dos aborígenes australianos. É um aerofone, ou seja, um instrumento onde o som é provocado pela vibração do ar. O som no didjeridu é produzido pela vibração dos lábios e por outros sons produzidos pelo instrumentista.

O didjeridu é um instrumento muito antigo. Estudos arqueológicos baseados em pinturas rupestres sugerem que o povo aborígene da região de Kakadu já utilizava o didjeridu há cerca de 1.500 anos atrás.


Flauta Transversal

A flauta transversal, por vezes chamada simplesmente de flauta, é um aerofone da família das madeiras. É um instrumento não palhetado, possuindo um orifício por onde o instrumentista sopra perpendicularmente ao sentido do instrumento


História

A flauta é um dos instrumentos mais antigos que se conhece, tendo sido sempre muito utilizada tanto pela sua facilidade de construção, quanto pelo som melodioso, de timbre doce e suave que produz. A Flauta sempre permeou o pensamento do homem, sendo associada a seres mitológicos, aos espíritos da natureza, anjos, e até deuses...é bem perceptível a natureza mística que acompanha a Flauta, desde o seu surgimento, quando o ser humano a construia da tíbia ou de tubos de bambu, para fins festivos e/ou ritualísticos.

Até o barroco, a flauta transversal dividia igualmente o campo da instrumentação com as flautas retas, como a flauta doce. A partir do século XVIII é que a Flauta Transversal passou a ser mais importante, ocupando um posto titular no corpo das orquestras. Os motivos que levaram à ascensão da Flauta Transversal é, entre outros motivos, o maior poder de expressão, o timbre e o volume sonoro.

A flauta transversal, como a conhecemos hoje (ou "flauta de concerto"), data de 1871, a partir de um aperfeiçoamento feito pelo flautista e pesquisador de instrumentos Theobald Boehm, que descreveu seu modelo de flauta no livro "The Flute and Flute playing".

Dentro de uma orquestra sinfônica há, geralmente, três flautistas no naipe; geralmente as Flautas estão numa espécie de "núcleo da orquestra" onde se encontram os principais instrumentos das Madeiras (Oboé, Clarineta, Fagote e claro a Flauta) já que os solos de uma melodia geralmente são confiados a eles. É ainda comum que as flautas, na orquestra, dobrem a melodia dos violinos, acrescentando-lhes suavidade, brilho e claridade. A Flauta é particularmente usada em passagens rápidas e salteadas - aliás, o virtuosismo na flauta se mostra também na agilidade. Diz-se que é o instrumento mais ágil da orquestra. Porém, não só a agilidade caracteriza um bom flautista, mas também a sua habilidade em produzir um volume de som equilibrado entre os registros e a pureza de seu timbre...a Flauta bem tocada parece "elevar-se", como se estivesse voando acima dos outros instrumentos. Em momentos de explosão a Flauta pode "desaparecer" porque seu timbre, por ser fluido, mistura-se com os outros instrumentos,entretanto nestas situações podemos percebe-la atuando através dos ruídos do sopro ou das ondulações do vibrato que lhe são, em certas proporções, características particulares.

Registro e Extensão

A extensão normal da flauta é de três oitavas, do Dó3 (Dó central no piano) ao Dó6. Estudos acústicos levaram os flautistas a conseguir obter um maior alcance no instrumento, podendo chegar até o Sol6 e, dependendo do flautista, até ao Dó7.

Técnica

Na flauta, a emissão do som é relativamente fácil, levando ao virtuosismo quase espontâneo no que diz respeito à velocidade. Não tão fácil é obter um som vibrante sem ser vulgar no forte ou inconsistente no piano. As dificuldades de execução apresentam-se também pela natureza heterogénea dos registros, tanto tem timbre, quanto em volume de som. O agudo é potente e brilhante, e o grave, aveludado e de difícil emissão. O controle da embocadura, por se tratar de um instrumento de embocadura livre, deve ser minucioso, já que pequenas alterações no ângulo do sopro interferem bastante no equilíbrio da afinação.

Recursos comuns na flauta transversal

- A Flauta sempre foi um instrumento muito privilegiado no que diz respeito a recursos e ornamentos. Grande parte dos recursos musicalmente conhecidos são executáveis na Flauta, salvo as particularidades e dificuldades inerentes ao próprio instrumento.

  • Vibrato - introduzido pela escola francesa, é feito a partir do diafragma, semelhantemente ao vibrato vocal. Existe também a possibilidade de realizar o vibrato utilizando-se das chaves em forma de anel presentes em algumas flautas. O abuso do vibrato por parte de flautistas leva a interpretações erradas, tocando em vibrato passagens que deveriam soar limpas e serenas.
  • Glissando - consiste em "deslizar" entre as notas, seja por meio das chaves ou por alterações na embocadura.
  • Harmônicos - feito ao mudar a embocadura e a direção da coluna de ar, obtendo uma nota diferente da que seria a da digitação fundamental. O timbre é mais doce e etéreo do que o da nota "real".
  • Beatboxing - Consiste em tocar uma melodia realizando o beatboxing ao mesmo tempo - Tecnica moderna que se tornou famosa recentemente, ao ser executada pelo artista Greg Pattillo.
  • Multifonia - consiste em solfejar e tocar ao mesmo tempo, o resultado é um som cortante e agressivo. (técnica mais moderna)
  • Frullato - pronuncia-se a letra "R" (sem voz) enquanto toca, dando à nota uma intermitência. (técnica também conhecida por Fluterzung e sempre foi característica própria deste instrumento, mas seu uso se tornou mais evidente em épocas mais atuais)
  • Polifonia ou Nota dupla - através de pesquisa foram descobertos alguns intervalos de notas possíveis de se emitir na flauta usando digitação especial e de um sopro mais "difuso", de forma a permanecer entre dois sons harmônicos. (técnica moderna)

Fabricação

O instrumento era feito originalmente de madeira, passando-se posteriormente a fabricá-lo em prata ou outro metal, que confere uma maior intensidade do som, melhor afinação, mais facilidade de uso das chaves. Ainda há orquestras na Alemanha que utilizam flautas de madeira, justificando-se pela beleza timbrística inigualável.

A classificação nos diz que a Flauta pertence às Madeiras embora a sua construção seja geralmente feita de metal. A Classificação no entanto não se embasa na construção, mas na natureza dos timbres. As Madeiras caracterizam pela diversidade de timbres e pela delicadeza destes.

Na fabricação da Flauta, atualmente existem flautas feitas em Níquel e banhadas em prata...outras já são feitas em Prata e algumas são feitas de Ouro. Existe algumas marcas como a Muramatsu, Yamaha, Haynes, Sankyo que constroem Flautas de Platina. Muito se discute a questão do tipo de metal e as conseqüências que ele acarreta no som. Sabe-se que as Flautas de Ouro possuem um timbre "mais definido" enquanto as de Prata possuem o possuem "mais fluido e aberto".

Uma Flauta é um tubo aproximadamente cilíndrico dividido em três partes principais: Bocal ou Cabeça, Corpo e Pé.

  • O bocal possui um orifício com as bordas em formato adequado para que o instrumentista apoie comodamente o lábio inferior (porta-lábio). Numa extremidade, há uma peça móvel formada cortiça com um ressonador de metal, movendo-se-a, ajusta-se a afinação da flauta (geralmente as flautas vêm com um bastão indicando a distância correta do ressonador ao centro do orifício. Na outra extremidade, encaixa-se o corpo. O tamanho e forma do orifício pode alterar radicalmente todo o funcionamento e execução.
  • O corpo possui diversas perfurações e um sistema complexo de chaves, atualmente usa-se o sistema de Boehm, e outros mecanismos adicionais como rolamentos para o dedo mínimo na chave fundamental de Dó e o Mi Mecânico que auxilia a emissão desta nota em oitavas agudas, além de outros.
  • O pé é uma extensão do corpo, possuindo três ou quatro chaves. Termina geralmente na chave de Dó, mas há flautas que se estendem até o Si2.

Cuidados

  • Limpar sempre com flanela, por dentro e por fora, guardando-a sempre seca.
  • Ter cuidado com o bocal.
  • Ter leveza nos dedos ao acionar as chaves.
  • Guardar sempre a flauta no estojo e na bolsa.
  • Encaixar delicadamente as partes da Flauta.
  • Higienizar a boca e as mãos antes de tocar.
  • Tocar sempre com a postura correta.

Lista de flautistas

Trompa

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A trompa é um instrumento de sopro da família dos metais. Muito antigo (os antigos egípcios já o conheciam), passou aos hebreus, aos gregos e aos romanos, é muito importante na orquestra sinfônica moderna. Consiste num tubo metálico de 3,7 metros de comprimento, ligeiramente cônico, com um bocal numa das extremidades e uma campânula (ou pavilhão) na outra, enrolado várias vezes sobre si mesmo como uma mangueira, e munido de três ou quatro chaves, de acordo com o modelo. O trompista aciona as chaves com a mão esquerda, e com a mão direita dentro do pavilhão ajuda a controlar o fluxo de ar dentro do instrumento, e é pela ação conjunta das chaves, da mão direita no interior da campânula, e do sopro (e, às vezes, sucção) do trompista que as notas são produzidas em diferentes alturas e timbres. É um instrumento dificílimo de tocar: o trompista não só tem que ter um ouvido afinadíssimo e saber solfejar com precisão, como também tem que ter uma coordenação motora perfeita para controlar os músculos da mão direita e a própria respiração.

O timbre da trompa é o mais rico em harmônicos, assemelhando-se muito à voz humana. A mão dentro da campana permite uma enorme variedade de timbres.

Trompas aparecem nas 10 últimas sinfonias de Haydn e Mozart, em todas as 9 de Beethoven, nas 4 de Schumann, nas 4 de Brahms, nas 6 de Tchaikovsky, nas 9 completas de Mahler. A partitura da Segunda Sinfonia de Mahler exige dez trompas.


História

A história da trompa começa há milhares de anos, quando o homem aprendeu a usar chifres de animais como instrumento. Quando se passou a forjar metais, o instrumento deixou de ser feito de chifre, passando ao metal. O tubo ganhou extensão, ficando enrolado para ser mais compacto.

Na idade média, a trompa de caça (corno di caccia) era usada pelos caçadores como uma forma de comunicação e sinalização dentro florestas. O instrumento não passava de um tubo metálico enrolado, com um pavilhão numa extremidade e o bocal na outra. Mais tarde, descobriu-se por acaso que, ao por a mão obstruindo parcialmente a campana, todos os sons baixavam de meio tom, ampliando a gama de sons possíveis a trompa na época (que por não possuir chaves ou pistos, tinha os sons limitados à série harmônica de sua fundamental.

Bach e Handel incluíram corni di caccia nas partituras dos seus concertos.

No século XIX o engenheiro alemão chamado Stoetzel teve a idéia de adicionar válvulas que modificavam o caminho percorrido pelo ar dentro do instrumento, alterando a nota emitida. Essa mudança demorou a ser acatada pelos compositores, que preferiam a trompa de caça, de som mais puro. A trompa moderna é capaz tocar todas as notas da escala cromática dentro de sua extensão.

Instrumentos da familia da trompa têm sido encontrados por arqueólogos. Os judeus ainda hoje usam o shofar, um chifre de carneiro oco e com um orifício a servir de bocal, que eles usam nas ocasiões solenes, como para anunciar o Yom Kippur ou o Rosh Hashana (ano novo judaico), e cujo som tem um significado religioso para os hebreus. As palavras que traduzem "trompa" em outras línguas, como corno (em italiano e espanhol), cor (em francês), horn (em inglês e alemão), hoorn (em holandês), significam "chifre" nas respectivas línguas.


Trompistas famosos

Saxofone

Ao contrário da maioria dos instrumentos populares hoje em dia, que para chegar ao seus formatos atuais foram evoluídos de instrumentos mais antigos, o saxofone foi um instrumento inventado. O pai do saxofone foi o belga Antonie Joseph Sax, mais conhecido pela alcunha de Adolphe Sax. Filho de um fabricante de instrumentos musicais, Adolphe Sax aos 25 anos foi morar em Paris, e começou a trabalhar no projeto de novos instrumentos. Ao adaptar uma boquilha semelhante à do clarinete a um oficleide, Sax teve a idéia de criar o saxofone. Não se sabe a data exata da criação do instrumento. A patente foi obtida por Sax em 28 de junho de 1846.

Embora seja feito de metal, o saxofone pertence à família das madeiras, pois seu som é emitido a partir da vibração de uma palheta de madeira que fica fixada à boquilha.

Por ter um som único, com propriedades tanto dos instrumentos de madeira, quanto dos de metal, o saxofone logo foi adotado por muitos músicos. O sax tem a capacidade de ter o poder de execução de instrumentos como o clarinete, ao mesmo tempo que tem uma potência sonora quase tão grande quanto à das cornetas. Além disso seu timbre é um dos que mais se assemelham ao da voz humana.


Construção

O saxofone é um instrumento fabricado em metal, geralmente latão, com uma mecânica semelhante à do clarinete e à da flauta. É composto basicamente por um tubo cônico com 26 orifícios que têm as aberturas controladas por 23 chaves vedadas com sapatilhas, geralmente de couro (nas versões mais modernas), e uma boquilha onde se acopla uma palheta, geralmente de bambu (instrumento de palheta simples).

A família dos saxofones é bem extensa, mas o desenho típico é de forma similar a um cachimbo.

O saxofone soprano, segundo mais agudo da série, pode ser reto ou curvo.

O sax soprano reto, com formato que lembra um clarinete, pode ter ou não uma leve curvatura no tudel ("pescoço") onde se fixa a boquilha.

O sax sopranino, o mais agudo dos saxofones, é erroneamente confundido com o sax soprano curvo, que possui o formato típico de cachimbo.

O soprano curvo é fácil de ser encontrado no comércio e a afinação é em Si Bemol. Já o sax sopranino, mais raro, possui afinação em Mi Bemol.

A boquilha

Duas boquilhas para sax tenor; a da esquerda mais utilizada para música clássica, a da direita mais apropriada para o pop ou jazz.

A boquilha é a peça que se encaixa na ponta do saxofone e na qual é fixada a palheta. Seu funcionamento é semelhante ao de um apito, que gera as vibrações que irão percorrer o corpo do instrumento e as quais se tornarão o som típico do saxofone. As boquilhas podem ser fabricadas dos mais diversos materiais: massa plástica, metais, acrílico, madeira, vidro e até mesmo osso, contudo as de massa plásticas e de metais são as mais utilizadas.

O formato das boquilhas também pode variar bastante, tanto externamente quanto internamente. Alterações nos formatos implicam em alterações significativas do som produzido, e devido a este fato, a escolha da boquilha é uma decisão muito pessoal para cada saxofonista. Não existe um padrão entre as fábricas. A grosso modo, duas medidas internas são definidas: a altura da abertura e a sua profundidade. Quanto maior for a abertura e menor a profundidade, mais estridente será o som produzido, já o contrário resulta num som abafado e pequeno.

A família do saxofone

Saxofone barítono

Os saxofones são instrumentos transpositores, ou seja, a nota escrita não é a mesma nota que ouvimos (som real ou nota de efeito). Assim, para podermos ouvir uma nota equivalente ao de um piano é necessário escrever notas diferentes dependendo em qual tonalidade o saxofone é armado. A família dos saxofones mais utilizada atualmente é composta por:

  • Soprano, armado em Si♭
  • Alto ou contralto, em Mi♭
  • Tenor, em Si♭
  • Barítono, em Mi♭

Há porém outros modelos mais raros, ou que foram caindo em desuso, por exemplo

  • Sopranino, em Fá e Mi♭
  • Soprano, em Dó (não transpositor)
  • Mezzo-soprano, em Fá
  • "Melody", em Dó (transpositor à oitava)
  • Baritono, em Mi♭
  • Baixo, em Si♭
  • Contrabaixo, em Mi♭
  • Sub-contrabaixo, em Si♭
  • Contrabaixo(Tubax), em Mi♭
  • Sub-contrabaixo (Tubax), em Si♭

Duas características comuns à família dos saxofones são o sistema de digitação e a escrita. A diferença básica entre os saxofones é o tamanho: o tubo pode variar de centímetros, como no sopranino, a vários metros, como no contra-baixo.


Fabricantes

Os maiores fabricantes de saxofones no mundo são Buffet Crampon, Keilwerth, Leblanc (Vito), Roland (Jupiter), Selmer, Conn, King, Buescher, Martin, Yamaha,Michael e Yanagisawa, J’Elle Stainer. Palhetas e boquilhas Vandoren.

Desses, um dos mais respeitados pelos saxofonistas é a companhia francesa Selmer Company, que conquistou a preferência de grandes saxofonistas como John Coltrane, que celebrizou o tenor modelo Mark VI, e Coleman Hawkins. Também podemos citar alguns modelos como os Conn New Wonder, Conn Lady Face, Conn NAked LAdy, King Super20, King Zephyr, Buescher Big B, Buescher Top Hat and Cane, MArtin HAndcraft entre outros.